Escrito por Saraiva    Sáb, 20 de Outubro de 2012 15:45    Imprimir
José de Freitas no Piauí é apontado como rota do tráfico de mulheres para a Europa

De acordo com diagnóstico preliminar divulgado no dia 16 deste mês (outubro de 2012), pela Secretaria Nacional de Justiça do Ministério da Justiça e pelo Escritório das Nações Unidas Sobre Drogas e Crime (Unodc), as cidades de José de Freitas, Barras e União, no Piauí, são rotas do tráfico de pessoas para países da Europa.

Conforme o diagnóstico, em seis anos, quase 500 brasileiros foram vítimas do tráfico de pessoas, sendo que deste total, 337 casos que representam mais de 70 por cento dos registros feitos de 2005 a 2011, referem-se à exploração sexual. Para o Secretário Nacional de Justiça, Paulo Abrão, o registro de tráfico de pessoas ainda é deficiente no Brasil, principalmente, porque as vítimas não se apresentam ou não se reconhecem nessa situação. O levantamento mostra que a maioria dos casos foram registrados nos Estados de Pernambuco, Bahia e em Mato Grosso do Sul. No Piauí, os Municípios de José de Freitas, Barras e União servem como rota do tráfico de pessoas, principalmente, mulheres. Segundo o diagnóstico, a maioria das vítimas brasileiras tem como destino os países europeus Holanda, Suíça e Espanha.

     Imagem:Saraivareporter.com 

                      Cidade de José de Freitas, a 52 km da Capital do Piauí

A estratégia brasileira para combater o tráfico de pessoas tem se baseado em campanhas de conscientização e em uma rede nacional de apoio às vítimas. Os dados do diagnóstico parcial foram levantados a partir de estatísticas criminais sobre o tráfico de pessoas no Brasil, do Departamento de Polícia Federal, da Secretaria Nacional de Segurança Pública e de outros organismos como a Assistência Consular do Ministério das Relações Exteriores. Ainda não é possível um consenso sobre o perfil dos traficantes a partir dos registros nos vários órgãos que tratam o problema. Dados da Polícia Federal revelam que as mulheres são as principais aliciadoras, recrutadoras ou traficantes, chegando a representar 55% dos indiciados. Informações do Ministério da Saúde mostram que, em 2010, 52 vítimas de tráfico de pessoas procuraram os serviços de saúde. Em 2011, foram 80 vítimas. De acordo com o órgão, a maioria dos registros é feita por mulheres, na faixa etária entre 10 e 29 anos. Nesse grupo, há uma maior incidência de vítimas entre 10 e 19 anos, de baixa escolaridade e solteiras. Com informações da Agência Brasil. 

Última atualização ( Seg, 22 de Outubro de 2012 03:01 )