Escrito por Saraiva    Ter, 09 de Abril de 2013 14:08    Imprimir
Policiais Civis do Piauí rejeitam reajuste e deflagram “Operação Polícia Legal”

Os Policiais Civis do Piauí que estiveram reunidos na manhã desta terça-feira (9 de abril de 2013) em assembleia, decidiram que não irão aceitar a proposta do Governo do Estado que propôs um reajuste salarial de 60% dividido em oito parcelas durante quatro anos.

Eles também deflagraram a operação "Polícia Legal", na qual os servidores irão apenas cumprir o que lhes é cabido, como por exemplo, só serão emitidos Boletins de Ocorrência e Flagrantes na presença de delegados, não haverá custódia e alimentação de presos, entre outras ações. 

 Policiais Civis do Piauí durante assembleia em frente a Delegacia Geral da Polícia Civil, no Centro de Teresina

Cristiano Ribeiro, Presidente do Sinpolpi, diz que esta é uma atitude que visa forçar as negociações com a administração estadual. Mais de 200 policiais civis participaram da assembleia em frente à Delegacia Geral da Polícia Civil, na Praça Saraiva, no Centro de Teresina-PI. Os policiais discutiram a proposta de reajuste de 60% parcelada em quatro anos e decidiram pela “Operação Polícia Legal”.

            Policiais Civis decidiram pelo movimento "Polícia Legal", durante assembleia

Os trabalhadores também discutiram sobre o desencadeamento da Operação Polícia Legal, na qual os agentes se limitarão a cumprir suas funções de acordo com o que determina a Lei, não fazendo a custódia de presos, por exemplo. O Presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Piauí, Cristiano Ribeiro, informou que a proposta da forma como foi apresentada frustrou os policiais civis.

 Policiais Civis do Piauí reunidos em frente a Delegacia Geral decidiram deflagrar "Operação Polícia Legal"

“Estamos aqui para discutir essa proposta que nos foi apresentada pela qual lutamos há dois anos, tivemos várias negociações com o Governo do Estado, mas ainda não é o que queremos. O que ansiamos é uma correlação ao salário dos delegados que somos da mesma categoria”, destacou o presidente do Sinpolpi. Segundo ele, a discrepância salarial entre delegados e agentes e escrivães, diferença que, segundo a categoria, chega a 370%.

 Veja as faixas colocadas pelos policiais durante a assembleia na frente da Delegacia Geral da Polícia Civil 

Outras queixas dizem respeito a questões de trabalho. Os coletes a prova de balas disponíveis estão prestes a vencer (18 de abril). Além disso, os policiais alegam risco elevado por usarem a mesma munição há cinco anos, além da falta de treinamento de tiro para maioria dos agentes. A medida deve atingir as delegacias e setores que possam ter problemas de documentação de viaturas, falta de coletes a prova de balas, carência de munição para armas entre outros, se esses itens não forem concedidos, o policial civil poderá se recusar a participar de diligências e operações, por exemplo.

 Faixas usadas pelos policiais civis durante a assembleia que decidiu pelo movimento "Polícia Legal"

Entre os setores que devem ser afetados, segundo fontes do Cidadeverde.com, estão o Núcleo de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública, o Grupo de Repreensão ao Crime Organizado (Greco), e Delegacia de Entorpecentes. Nesses locais, a maioria dos agentes só atenderá ocorrências mediante a apresentação das condições legais de trabalho, especialmente no que diz respeito a equipamentos de proteção individual. Com informações e fotos do Cidadeverde.com.

 

Última atualização ( Ter, 09 de Abril de 2013 14:35 )