O presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Piauí, Cristiano Ribeiro, comemorou a decisão do desembargador Raimundo Alencar, publicada na quinta-feira (27 de junho de 2013), que legitimou o movimento Polícia Legal. Segundo ele, agora o governador Wilson Martins tomou conhecimento da situação em que se encontra a categoria. 

“O governador não tinha conhecimento de como a Polícia Civil estava um caos. Agora, ele tem o embasamento em segundo grau do Tribunal de Justiça do Piauí. Como médico, ele precisa tirar a Polícia Civil da UTI”, destacou. 

Segundo ele, na decisão, o TJ pede o arquivamento da ação do dissídio coletivo e a reestruturação da Polícia Civil a fim de proporcionar um melhor serviço à sociedade. “Recebemos com muita alegria a decisão e acreditamos na Justiça. Quero louvar o desembargador Alencar que, com as provas que apresentamos, se convenceu que hoje não temos estrutura para desenvolver um bom trabalho”, pontua. Na próxima terça-feira (2), haverá uma reunião com o secretário estadual de Administração, Paulo Ivan, que já havia sido marcada entre uma comissão de deputados que acompanha o Polícia Legal.  

Salário

O diretor jurídico do Sinpolpi, Constantino Júnior, destacou que uma das reivindicações da categoria é o estabelecimento de uma relação com o salário de delegados. Os policiais reivindicam que seja estipulado que o vencimento de um agente seja equivalente 60% do que recebe um delegado em carreira inicial. “Agentes, escrivães, peritos e delegados são uma categoria só. O governo não pode dar tratamento desproporcional como fez enviando a Mensagem 39  para a Assembleia, dando reajuste de 45% para os delegados até 2015 enquanto as outras classes não tiveram reajuste semelhante. Estamos abertos ao diálogo, mas isso nos causa revolta”, afirmou.  Constantino acrescenta que em 2002, os agentes recebiam o equivalente a 78% do que ganhavam os delegados. Atualmente o percentual seria 24%. A categoria recusou recentemente um reajuste de 90% parcelado em 4 anos.