O desembargador do Tribunal de Justiça do Piauí, Erivan Lopes negou a soltura de dois acusados de participação na morte do corretor de veículos Fábio dos Santos Brasil Filho, que foi executado a tiros em Teresina-PI. Eles pertenceriam ao bando que matou o jornalista Décio Sá, em São Luís (MA). 

Segundo Erivan, no processo há provas de que a quadrilha pratica agiotagem contra prefeituras nos Estados do Maranhão e do Piauí. O desembargador negou a liminar contra José Raimundo Sales Chaves Júnior, vulgo Júnior Bolinha, que é um dos acusados de ter financiado a execução de Fábio Brasil. Hoje a 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça negou também a soltura de Gláucio Alencar Fontes Carvalho, acusado de ser o corretor que teria contratado o executor para assassinar Fábio Brasil.

 Fábio Brasil

 Registro do dia em que Fábio Brasil foi executado

Os dois acusados estão presos há 10 meses em São Luís. Além deles, estão presos também pelo mesmo esquema Jhonathan de Sousa Silva, que está em Campo Grande (MS), Elker Farias Cardoso em Divinópolis (MG) e José de Alencar Miranda Carvalho em São Luís (MA).

 Desembargador Erivan Lopes

O desembargador Erivan Lopes informou que uma das novidades é que o Tribunal recomendou que o juiz Antônio Nolêto julgue o processo em Teresina, independente do retorno da Carta Precatória expedido para ouvir testemunhas de defesa. "O Tribunal, por decisão unânime da Câmara, reconhece que não há ilegalidade na prisão e que há provas da materialidade do crime e a soltura dos dois põe em risco a ação e a sociedade", declarou o desembargador. Segundo ele, o processo é complexo.