A promotora do Meio Ambiente, Denise Aguiar, deu prazo de cinco dias para a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semam) e a Empresa Água e Esgotos do Piauí (Agespisa) enviarem relatório da vistoria sobre a fiscalização da poluição do Rio Parnaíba. O Ministério Público quer informações sobre a presença de uma substância semelhante à cevada nas águas do rio. 

Denise Aguiar informou que a Ambev, que mantém uma fábrica de cerveja na Zona Sul de Teresina-PI, encaminhou documento no qual mostra que a empresa segue a legislação sobre licença ambiental, além de estar em processo de renovação da licença sanitária, já vencida. Um documento da Agência Nacional de Águas (ANA) também foi anexado. O Ministério Público aguarda os documentos de Semam e Agespisa para adotar providências. Primeiro foi dado um prazo de 10 dias, já encerrado. Agora, a promotora deu novo prazo de cinco dias para o envio do material. 

A promotora Denise Aguiar estranhou a Agespisa ter informado que não fez análise dos pontos suspeitos de poluição. "Eu pensei que a Agespisa iria me dar mais argumentos. O que estranhei é que ela não fez análise das águas e envia um documento informando que os parâmetros dos rios estão normais". Em menos de um mês, a Agespisa teve de paralisar o tratamento de água da capital por duas vezes, devido a contaminação no Rio Parnaíba. Uma força tarefa da Agespisa, Semam e Ibana foi criada para fiscalizar a região do Distrito Industrial, onde estão a Ambev e outras fábricas. Foi cordado que a Semam faria a revisão das licenças ambientais de todas as empresas naquela área.