A Polícia prendeu nesta quinta-feira (22 de agosto de 2013), um dos acusados de torturar e queimar o jovem Hernandes Sobral de Sousa Filho, de 15 anos. Encontrado carbonizado no último dia 5 de julho no Bairro São Pedro, Zona Sul de Teresina-PI. De acordo com o delegado Francisco Costa, o Baretta Carlos Jardiel de Sousa da Silva, de 15 anos, conhecido como "Cabeça", foi preso na cidade de São Francisco no Maranhão, próximo a cidade de Amarante-MA. 

Ele foi denunciado por uma pessoa anônima, já que estava propagando na região, que teria cometido um crime no Piauí. O delegado Baretta informou que ele estava na casa de um parente e que responde a três processos por roubo. "Há indícios nos altos da sua participação direta na morte do adolescente de 15 anos no Bairro São Pedro", explicou o delegado.

Baretta disse que a Polícia trabalha com a hipótese da participação de duas pessoas no crime, o preso "Cabeça" e outro conhecido como "Barriga". A polícia ainda não identificou a motivação do crime. A Polícia informou que o celular da vítima foi levado e três colares de prata. Jardiel, quando foi preso usava um colar de prata.

"Vamos buscar junto a família para saber se ele tem esse colar de prata. Ele está negando a participação no crime e disse que só fala na presença do advogado. Mas a Polícia tem indícios suficientes para leva-lo a prisão", informou o Baretta. O delegado relatou ainda que o laudo pericial da morte de Hernandes, que era conhecido como "bebê" concluiu que ele foi morto com uma paulada na cabeça que provocou traumatismo craniano. Um laudo definitivo está sendo produzido para identificar se ele ainda estava vivo quando foi queimado.

"Ele passou a noite toda queimando. Só não estavam queimadas as pernas do jovem", informou o delegado. A vítima morava no bairro Vila Vitória, foi visitar o pai no bairro São Pedro. Segundo o delegado, eles foram para o quintal da avó da vítima para usar drogas. "Eles eram usuários de drogas, principalmente o crack e a vítima foi espontaneamente. Precisamos identificar o que causou a discussão que levou ao crime", concluiu o delegado. Dois pedaços de madeira foram recolhidos e estão no instituto de criminalística, para identificar se o sangue é da vítima ou se tem indícios dos criminosos.