Escrito por Saraiva    Ter, 24 de Setembro de 2013 12:52    Imprimir
Delegado e policiais são agredidos ao recolher som de carro

A equipe de oito policiais que compõem a Delegacia do Silêncio foi agredida no último final de semana. A chefe de investigação Teresa Cristina sofreu várias pancadas na cabeça e teve de ser internada por conta dos ferimentos. Esta é a terceira vez que os policiais são retaliados enquanto fazem a apreensão de aparelhagem de som.  

A escrivã Sônia França conta que a agressão aconteceu na Praça do Bairro Planalto Uruguai no último sábado (21). Ela conta que Teresa foi fotografar os automóveis que seriam apreendidos por estar com o volume do som acima do permitido, quando uma mulher chegou e puxou seu cabelo.

 Sônia França

“A chefe de investigação (Teresa Cristina) estava com uma máquina fotográfica na mão e com a arma na perna  que ficou segurando temendo que quisessem pegá-la. Eu fui tirar a mulher e ela acabou me dando uma mordida na mão”, narra. Segundo a policial, o marido da mulher ainda deu uma chave no pescoço da chefe de investigação e começou a agredi-la na cabeça.

“O delegado Evaldo Farias (titular da Delegacia do Silêncio) tentou interferir e levou um chute nas costas. Foi tudo muito rápido. Mas no fim, conseguimos controlar a situação”, narra a escrivã. Com 28 anos na Polícia Civil, Sônia conta esta foi a terceira vez que foi agredida nos últimos dias e crê que isto só aconteceu por conta da redução da equipe de policiais que acompanha a fiscalização da delegacia.

 

A policial diz que sua colega de trabalho passou por vários exames e ficou internada em observação por três dias. Farias diz que a redução da equipe ocorreu após críticas de que o contingente de policiais utilizado nas fiscalizações era muito grande. “Estavam dizendo que era muito policial pra prender som ao invés de estar atrás de bandidos. Reduziram nossa equipe. O problema é que quando chegamos nos locais, ao redor de um som desses há de 20 a 30 pessoas que começam a reagir. Por isso, estão ocorrendo essas agressões”, pontua o delegado. Ele acrescentou que o último incidente foi relatado à Secretaria de Segurança e já reivindicou o reforço de sua equipe. “Vamos solicitar do coronel Alberto Menezes que uma equipe da Rone nos acompanhe. Por ser um policiamento mais ostensivo, isso vai intimidar mais os agressores”, crê o delegado.