Escrito por Saraiva    Qui, 26 de Setembro de 2013 15:09    Imprimir
Correia Lima poderá ser solto em outubro mesmo se for condenado

O advogado Wendell Oliveira, que atua na defesa do ex-coronel da Polícia Militar do Piauí, José Viriato Correia Lima, revelou, durante entrevista no Jornal do Piauí desta quinta-feira (26), que o ex-militar terá progressão de pena já em outubro deste ano. “Já são quatorze anos de prisão. Desse total, são sete anos apenas só de prisão de preventiva. Condenado ou não no caso Leandro Safaneli, ele terá progressão de pena já em outubro”, explica o advogado da defesa. 

O bacharel em Direito revelou ainda que a estratégia é evitar o julgamento previsto para o próximo dia 30 de setembro. Se conseguir a medida, Wendell Oliveira acredita que conseguirá livrar Correia Lima da acusação da morte. “Já se passaram 24 anos da morte de Safaneli. Se o julgamento for suspenso o STF vai poder julgar um habeas corpus proposto. Mas queremos mesmo é ganhar tempo para que o caso prescreva e ele se livre por uma vez do caso”, revela.

 

Sobre vídeo com ameaças

O advogado de defesa do ex-coronel revelou analisou ainda a polêmica de vídeo divulgado em que Correia Lima faria ameaças ao secretário estadual de Segurança, Robert Rios Magalhães e ao jornalista Arimatéia Azevedo. “Vídeo pode apenas ‘encucar’ a mente do júri de que ele é um mostro e culpado, mas nos autos não há provas. O vídeo não assusta a defesa, mas acredito que o desespero maior é da acusação”, disse. O advogado revelou que, mesmo sem muitas consequências, se sentiu “traído” pela postura de Correia Lima e que a publicidade da gravação pode contar ponto contra o ex-militar durante um possível novo júri. “Vou continuar sendo advogado dele até o momento que pudermos conversar. Mas digo que essa postura dele não é de quem busca se regenerar. Sinceramente, o secretário Robert tomou a postura que eu tomaria no lugar dele”, informa Wendell Oliveira.

Saúde

O advogado relata que o ex-militar possui saúde “abalado” e que na prisão não recebe a assistência adequado. “Ainda não é o momento, mas podemos pedir até a prisão domiciliar devido problemas da saúde dele”, explica.