A TV Cidade Verde recebeu uma denúncia de que os médicos da Prefeitura de Teresina-PI estão deixando de realizar cirurgias por conta de um corte de 30% na produtividade. A mulher identificada por Luíza Araújo Santos contou que seu irmão foi impedido de ser submetido a uma cirurgia ortopédica no Hospital da Polícia Militar do Piauí, na Zona Sul de Teresina e o médico teria alegado este motivo.

"Ele disse que não vai fazer porque a prefeitura cortou 30% de seu salário", explicou a denunciante Luzia Santos. O diretor do HPM, coronel Jales Mendes, não quis gravar entrevistas, mas alegou que a cirurgia não foi realizada porque a esterilização dos lençóis não estava pronta. Em entrevista ao Notícia da Manhã desta quinta-feira (3 de outubro de 2013), na TV Cidade Verde, o Presidente da Fundação Hospitalar de Teresina, Aderivaldo Andrade confirmou que o problema foi pontual e que a cirurgia foi remarcada para esta manhã.

 Luzia Santos, autora da denúncia está com um irmão internado no Hospital da Polícia Militar do Piauí  

Entretanto também reconheceu que está havendo um problema entre a prefeitura e os 36 médicos ortopedistas. "Não é caso para pânico. O que acontece é que a prefeitura estava bancando uma quantidade de cirurgia volumosa a um preço elevado. Não dava para continuar.

      Presidente da Fundação Hospitalar de Teresina-PI, Aderivaldo Andrade 

O preço estava muito acima do razoável. Uma cirurgia estava valendo quatro ou cinco vezes mais que a tabela do SUS, valor até superior ao que muitos planos pagam. O excedente da produção não será pago tão alto como antes", declarou o presidente.

 Aderivaldo durante entrevista ao Noticia da Manhã, desta quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Aderivaldo acrescentou que a situação está se normalizando e que a parceria com o Hospital Getúlio Vargas (HGV) e com o Hospital Universitário (HU) ajudará a solucionar o problema mais rapidamente. Com informações da TV Cidade Verde.