Escrito por Saraiva    Seg, 21 de Outubro de 2013 18:43    Imprimir
Operários que constroem ferrovia no Piauí paralisam obra e o clima está tenso

Cerca de 70 trabalhadores da obra de construção de uma rodovia estadual ligando os municípios de Curral Novo a Paulistana no Sul do Piauí decretaram greve geral por tempo indeterminado na manhã desta segunda-feira (21 de outubro de 2013). 

O grupo argumenta que a empresa responsável pela obra, a Terracom está cometendo uma série de irregularidades, dentre elas, atraso no pagamento dos salários e horas extras dos operários. A greve foi decidida durante uma assembleia geral da categoria realizada  por volta das 6 horas da manhã e convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores na Construção Pesada no Piauí (Sintepav). Segundo Regis Freire Gomes, até mesmo água para os trabalhadores levarem para o canteiro da obra, em pleno semiárido do Piauí, que enfrenta uma das secas mais terríveis dos últimos 30 anos, está sendo negado pela empresa. Além das denúncias já citadas, o sindicalista afirma que a alimentação fornecida pela empresa precisa melhorar, o horário de entrada dos trabalhadores não está correto.

    Imagem:Blog do Evangelista 

Metade dos trabalhadores do canteiro de obras não tem Equipamento de Proteção Individual (EPI); operários estão sem receber o adicional noturno, as cestas básicas, acordadas na última convenção coletiva não estão sendo distribuídas e vários trabalhadores que estão há mais de 30 dias na obra ainda não tiveram as suas carteiras de trabalho assinadas. A construção da estrada, a PI-259 começou no dia sete de agosto e é uma as obras de pavimentação asfáltica em TSD (Tratamento Superficial Duplo) que também passará pelas localidades Barro Vermelho, Itaizinho e Serra Vermelha no Município de Paulistana. A obra que está sendo realizada com recursos oriundos do Governo do Estado do Piauí tem um prazo de conclusão estimado em 360 dias. A estrada já está sendo conhecida como a “Rodovia do Ferro” porque vai ligar a região das jazidas deste metal em Curral Novo ao maior centro populacional da região, Paulistana.

AMEAÇAS - Logo após a assembleia geral os trabalhadores denunciaram que foram ameaçados e coagidos pelo prefeito de Paulistana-PI, Didiu, que estava acompanhado de policiais militares piauienses. Com medo, os sindicalistas foram procurar o Ministério Público em Paulistana.