Escrito por Saraiva    Qua, 23 de Outubro de 2013 11:27    Imprimir
Polícia investiga ameaças de gangues nas redes sociais

A polícia continua investigando o caso de ameaças entre membros de gangues da Zona Sul de Teresina-PI, através das redes sociais. Antes de morto em agosto, Márcio Fernando Amorim Silva, 24 anos, conhecido com Márcio Pop, postou em sua página no Facebook ameaças a membros do grupo ligado a outro traficante, conhecido como Nego Wilson, que revidou.  

As ameaças podem embasar inquérito que investigam os crimes. De acordo com Francisco Baretta, titular da Delegacia de Homicídios, as ameaças em si não esclarecem as mortes, mas todas as informações coletadas são objeto de investigação. 

 Márcio Pop tinha ficha criminal e costumava posar para fotos com armas de fogo

“No caso do homicídio do Marcio Pop pedimos dilação do prazo, para conclusão do inquérito e continuamos a fazer diligencias. Este crime abrange vários aspectos, que passam pelo tráfico e outros delitos, que acabaram desencadeando novas investigações”. Um adolescente de 15 anos que seria da gangue de Nego Wilson e sob o qual está sendo investigada a autoria de quatro homicídios, teria confessado o crime à polícia, segundo informações do chefe de investigação do 4º DP, Hilton Barbosa. “Há dez dias encontramos o acusado que confessou ter atirado no Marcio porque este tentou mata-lo quando estava em um carro com sua mãe”, afirmou Barbosa. 
 
 
De acordo com o investigador, as ameaças via rede social são comuns. “Eles exibem armas, falam quando concretizam o crime e ameaçam uns aos outros. É uma forma que eles têm de ostentarem seu poder. Todos já foram identificados e têm a vida pregressa conhecida, mas quando são presos poucos dias depois estão soltos. É preciso que haja uma mudança nas leis e um maior comprometimento da Justiça para evitar que isso aconteça. Eles se matam, mas também acabam atingindo outras pessoas inocentes, vítimas de bala perdida”, destacou Hilton Barbosa.