O neto do Velho Zeza, identificado como Wesley, preso em operação das polícias Civil e Militar, ontem(07), estaria dando procedimento aos negócios criminosos da família, segundo informações da Delegacia de Repreensão a Entorpecentes (Depre). 

O jovem de 23 anos cursa Direito em uma faculdade particular em Teresina estaria diversificando os negócios para além do tráfico, ao dar apoio a grupos criminosos de outros estados a praticarem assaltos a instituições financeiras do Piauí. 

 Ueslei Alves

De acordo com o delegado Willame Costa, titular da Depre, Wesley acabou herdando os negócios do Velho Zeza.  “Depois que o Velho Zeza foi preso, um de seus filhos também foi detido e o outro foi assassinado e como é a prática comum no Piauí, entre os traficantes, Wesley assumiu os negócios da família.

 Casa de Velho Zeza, no Bairro Lourival Parente, na Zona Sul de Teresina, voltou a ser alvo de operação policial

Além do tráfico, ele dava toda a infraestrutura a esses grupos de assaltantes que vem de fora, fornecendo armas, guias e informações sobre os locais. Ele próprio não participava da ação, mas cuidava da logística”, descreve o delegado. A polícia afirma que ainda há três assaltantes dos Correios de Demerval Lobão para serem capturados, um quarto já foi preso e encaminhado à Polícia Federal. Ele foi encontrado com uma arma e próximo ao carro abandonado pela quadrilha. Todos são dos estados do Pernambuco e Bahia. 

Buscas e apreensões 

Na operação deflagrada ontem pelas polícias Civil e Militar foram cumpridos mandados de busca e apreensão na casa do Velho Zeza, no Bairro Lourival Parente, Zona Sul de Teresina e na casa do Wesley no Bairro Bela Vista III, também na Zona Sul. Wesley e um homem, que não teve o nome divulgado, estavam na “mansão do crime” e foram encontrados com duas bananas de dinamite crack e ainda uma balança de precisão, que caracteriza o tráfico de drogas. Na casa de Wesley que funcionaria como quartel general para os bandidos de fora foram encontradas duas barras de ferro, balança de precisão e outros objetos.  Eles também foram encaminhados à PF. “Nós já sabíamos que o crime de tráfico estava diversificando e resolvemos cumprir os mandados de busca e apreensão quando o surgiu o assalto em Demerval Lobão a nossa intenção é continuar com o trabalho de inteligência e atuar em parceria com a Polícia Federal”, destacou Willame Costa.