Escrito por Saraiva    Qua, 11 de Dezembro de 2013 13:09    Imprimir
Desembargador ordena preso de concurso usar tornozeleiras

O desembargador do Tribunal de Justiça do Piauí, Sebastião Ribeiro Martins, determinou que um dos presos acusado de fraudar o concurso da Polícia Militar usará tornozeleira eletrônica. A pena foi aplicada a Daniel Fernandes de Moura Rodrigues, que foi preso em flagrante no dia 1º de dezembro quando, segundo a Polícia, ele portava um celular em sala de aula durante aplicação do concurso.  

Segundo a sentença, Daniel mora em Simões e foi um dos detidos pela Polícia Civil em Teresina na data de aplicação do certame. Ao todo, foram presos nove pessoas: seis em Teresina, entre eles o tenente Elivaldo Moraes; e mais três pernambucanos em Picos. Segundo o desembargador, a soltura é uma medida cautelar devido à superlotação dos presídios e não haverá risco para o processo.

 

“Ele vai responder em liberdade diante medida cautelar com o uso de tornozeleira e terá outras restrições além de comparecer quando for intimado”, pontuou o desembargador. Em Teresina e Picos foram presos pelo Greco (Grupo de Repressão ao Crime Organizado) acusados de pagar para receber o gabarito e policiais militares. A princípio, segundo a Polícia, eles deram cerca de R$ 2 mil. O restante seria dado após a aprovação. O valor total poderia chegar a R$ 10 mil de acordo com o delegado Menandro Pedro. De acordo com a Polícia, o esquema de fraude funcionaria através de códigos, estabelecidos de acordo com toques aos celulares dos suspeitos. Foram inscritos mais de 30 mil concorrentes, que disputaram as 400 vagas para o cargo de soldado e 30 vagas para o cargo de oficial da PM. O tenente Elivaldo, técnico do time de futebol feminino do Tiradentes, ainda continua preso.