Escrito por Saraiva    Sáb, 14 de Janeiro de 2012 08:41    Imprimir
Ex-comandante do Batalhão de São Gonçalo é solto no Rio

O coronel da PM Djalma Beltrami, ex-comandante do Batalhão de São Gonçalo (7º BPM) foi solto na noite de sexta-feira (13), de acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Militar. Beltrami estava preso desde quinta-feira (12) no quartel general da PM, no centro do Rio.

Na sexta-feira, o delegado titular da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo, Alan Luxardo, informou que mais de cem escutas telefônicas comprovam o envolvimento do ex-comandante do Batalhão de São Gonçalo, Djalma Beltrami, com a cobrança de propina para não reprimir o tráfico de drogas no morro da Coruja, em São Gonçalo, região metropolitana do Rio. Segundo ele, os bandidos da favela chegaram a comemorar quando o oficial da PM assumiu a unidade policial. Beltrami foi preso pela segunda vez  na noite da última quinta-feira.

- Em uma das escutas, os traficantes chegaram a comemorar o fato dele [Beltrami] ter assumido o batalhão, porque não ia mais ter operação por causa da cobrança de propina. O morro da Coruja chegou a ser um reduto de traficantes do Alemão, porque lá não tinha operação. 

Luxardo disse que o fato de o delegado não ter bens e morar de aluguel na Baixada Fluminense não é relevante. 

- O dinheiro era dividido com outras pessoas. Além disso, ele só tinha assumido o batalhão havia três meses. 

Beltrami foi preso pela primeira vez no último dia 19 na operação Dezembro Negro, mas conseguiu a liberdade provisória por meio de um habeas corpus e saiu da cadeia no dia 21. O delegado disse que o Judiciário não teve acesso às informações, por isso deu a liberdade. 

- Está tudo nos autos. Todas as escutas. O juiz não teve acesso a esse material, nem pediu informações sobre ele. 

 

Ao todo 40 pessoas foram indiciadas no inquérito que deu origem à operação Dezembro Negro. Entre elas, há 13 policiais militares. Todos já foram denunciados pelo Gaeco (Grupo de Ação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público.

 

 

 

 

Fonte: R7.com