O vigilante da Servi San, Edson Rodrigues dos Santos e o operário identificado por Junior, os dois homens que comprovadamente estavam dentro do prédio em acabamento do Ministério Público Federal, em Teresina-PI, no momento em que a estudante de direito Fernanda Lages Veras, de 19 anos, se atirou ou foi jogada da cobertura, tiveram seu histórico de vida levantado pelo Núcleo de Inteligência da Policia Civil do Piauí, mas as informações obtidas estão sendo mantidas em sigilo.

Os dois serão ouvidos mais uma vez pelo delegado da CICO, Paulo Nogueira, responsável pelo inquérito que apura a morte da estudante. Até o momento a Servi San não explicou por que permitia que uma pessoa estranha a seus quadros dormisse numa área cuja segurança no horário era responsabilidade sua.

Amostras de sangue dos dois foram recolhidas e encaminhadas para o Instituto de Criminalística da Paraíba, onde serão feitas as comparações com as que foram detectadas na área da morte de Fernanda Lages, através de equipamentos da Polícia Federal no Piauí.

Servi San na área

A segurança de toda a área em que está sendo concluída a futura sede da Procuradoria da República no Piauí, na Avenida João XXIII, na Zona Leste de  Teresina-PI fica sob a responsabilidade da Servi San, todos os dias, de 18 horas até às 6 horas da manhã do dia seguinte. De 6 horas até às 18 horas a responsabilidade é da Macrobase, construtora cearense responsável pelo acabamento do edifício, que utiliza vigias não profissionais a exemplo do que ocorria na obra do lado direito, a do Tribunal Regional do Trabalho.

O Senhor Cruz, chefe imediato dos vigilantes, disse para a Polícia que em situação semelhante à do prédio da Procuradoria da República, a Servi San determina que sejam realizadas rondas de meia em meia hora, além do que, há uma fiscalização volante durante a madrugada.

No dia em que Fernanda Lages morreu o fiscal Rodrigo do Nascimento Passos informou ter passado pelo prédio às 2 horas da manhã, obtendo a informação do vigilante Edson de que "não há alteração".

Até agora não se esclareceu por que e com que autorização o operário Junior dormia na obra e se a Servi San fez ou deixou de fazer alguma objeção já que foi criada uma situação comprometedora quando se tem a responsabilidade de guarnecer um prédio, principalmente, aquele que vai ser brevemente sede da Procuradoria da República no Piauí.

                                             Estudante Fernanda Lages Veras 

Fonte: GP1