Os 17 radares fixos que existem ao longo da Avenida João XXIII ainda não estão funcionando. Afixados há cerca de sete meses, os equipamentos ainda não estão multando os motoristas infratores porque a legislação prevê que isso só pode acontecer quando os sensores estiverem tornando visível a velocidade aferida pelo equipamento. Apesar disso, a simples presença dos sensores reduziu em quase 20% o número de acidentes registrados na avenida.
A nova previsão do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT) é que os equipamentos começarem a operar até a segunda quinzena de fevereiro. O DNIT revelou que a demora na aprovação do orçamento geral do órgão causou o atraso na contratação da empresa que vai interligar os sensores. Sebastião Ribeiro, presidente do órgão, informou que somente nesta semana ele recebeu a sanção do orçamento e vai poder contratar a empresa que ganhou a licitação para executar o serviço. "O sistema vai funcionar via telefonia celular e as infrações capturadas serão enviadas, automaticamente, para a sede do DNIT, em Brasília", explicou o presidente, ressaltando que o dinheiro das multas será reinvestido nesta área. A previsão é que o Estado conte com 92 radares fixos nas rodovias que cortam o Piauí. Em um prazo de dois meses, por exemplo, o DNIT espera instalar quatro radares no trecho urbano da BR 316 que corta Teresina. Antes da infração por excesso de velocidade começar a ser multada, o DNIT promete fazer uma campanha de conscientização e explicar aos condutores as velocidades permitidas em cada trecho da avenida, que é a principal via de ligação entre a zona Leste e o Centro da cidade. "O período de adaptação deve durar 15 dias e, só depois disso, as infrações estarão passíveis de multa", alerta Sebastião Ribeiro. Mesmo sem as multas, a presença dos sensores está surtindo efeito e a prova disto é a redução no número de acidentes ocorridos na avenida, um dos trechos rodoviários mais perigosos de Teresina. "As pessoas estão respeitando porque têm medo dos equipamentos já estarem funcionando. Com a velocidade reduzida, a quantidade de acidentes e mortes acaba diminuindo, pois aumentam as chances do condutor evitar acidentes", destaca o inspetor Rai-mundo Rameiro, da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Os dados da PRF mostram que, entre agosto e dezembro do ano passado, foram registrados 133 acidentes, 41 a menos que no mesmo período de 2010, quando os radares ainda não haviam sido instalados pelo DNIT. A redução também afetou a quantidade de feridos e vítimas fatais envolvidas neste tipo de ocorrência. Entre agosto e dezembro de 2010, quatro pessoas perderam a vida em acidentes na João XXIII, enquanto no ano passado, durante o mesmo período, o número caiu para apenas uma vítima fatal. Fonte: Diário do Povo
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