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Líderes comunitários protocolam na OAB-PI pedido de impeachment do prefeito de Teresina |
O Sintetro, em conjunto com movimentos estudantis e de juventude, líderes comunitários e sindicatos, realizou uma manifestação na Câmara Municipal de Teresina (CMT) em busca de respostas quanto ao problema no transporte público da capital do Piauí. Sintetro e líderes comunitários protocolam na OAB-PI pedido de impeachment do prefeito de Teresina — Foto: Isabela Leal/g1 O presidente do Sintetro, Antônio Cardoso, afirmou que os grupos aguardam uma resposta da prefeitura e o impeachment do prefeito foi solicitado na tentativa de tirar do poder quem, para eles, “apenas fez promessa de campanha”. “A [proposta de] gratuidade na verdade é uma ideia de dizimar a nossa categoria. Sabemos que a cidade não tem condição para isso. A população quer ônibus e qualidade. O transporte que ele ia oferecer gratuito não era nem 150 (ônibus), o que não atende nem um bairro, imagine a cidade toda”, afirmou. Sintetro e líderes comunitários protocolam na OAB-PI pedido de impeachment do prefeito de Teresina — Foto: Isabela Leal/g1 Sobre o pedido, o presidente da CMT, vereador Enzo Samuel (PDT), afirmou ainda não ter conhecimento sobre o caso. “Vamos aguardar. O momento é de responsabilidade e vamos analisar a situação. Toda e qualquer medida precisa ser avaliada. O procedimento de impeachment agora que foi pedido. Não vamos tomar decisões com a cabeça quente”, disse. Segundo eles, a Procuradoria-Geral do Município de Teresina apresentou aos sindicatos uma minuta do contrato de concessão de serviço de transporte público. Em cláusula, consta que a proposta da minuta só passa a vigorar a partir do dia 1º de fevereiro de 2023 até o dia 30 de novembro de 2024. Baseado nessa informação, o presidente do Sintetro afirmou que a proposta de gratuidade é meramente eleitoreira. “Não temos garantia de nada. O prefeito quer garantir a reeleição. Sendo que os cobradores ficaram desempregados. Ele disse que vai remanejar os cobradores para outros empregos. Mas quem acredita?”, questiona Antônio Cardoso. Vice-prefeito Robert Rios se reúne com os vereadores para apresentar denúncias — Foto: Isabela Leal/g1 PI Vice rompe e faz denúncias contra o prefeito Enquanto o grupo fazia o protesto na entrada da Câmara de Teresina, dentro da Câmara o vice-prefeito de Teresina, Robert Rios (Republicanos), se reuniu com os vereadores para mostrar os documentos referentes às denúncias feitas, após informar que rompeu com a gestão do Dr. Pessoa (Republicanos). Ao ser questionado do interesse de impeachment do prefeito Dr. Pessoa, ele afirmou não estar envolvido em corrupção ou algum tipo de golpe e disse que não existe nenhuma investigação na Secretaria de Finanças, a qual ele comandou. Rios disse que já provocou órgãos de controle e fiscalização sobre o uso de cerca de R$ 83 milhões pela Fundação Municipal de Saúde (FMS) sem ter sido feito o "prévio e necessário empenho". Rios disse que não concorda com os rumos que a administração municipal está tomando, devido à presença de familiares do Dr. Pessoa na prefeitura. Para o vice-prefeito, a presença de tantos familiares é "anormal". “Toda gestão tem familiar competente. Mas a quantidade exorbitante faz com que a gente não saiba o que é prefeitura e o que é família”, afirmou. Ao chegar à Câmara, o vice-prefeito falou com a imprensa e disse que foi feita uma auditoria na folha de pagamento da Fundação Municipal de Saúde (FMS) que, segundo ele, apresenta falhas no controle interno, pagamentos indevidos e pagamentos de vantagens não legalizadas. A reunião começou às 10h10min a portas fechadas. Robert Rios disse ainda que na conta Custeio do SUS foram detectados pagamentos de despesas no valor de R$ 83.533.443,74 que não teriam sido empenhados. E com isso pede providências do presidente da Câmara de Vereadores, Enzo Samuel. Reunião do vice-prefeito de Teresina Robert Rios com vereadores — Foto: Isabela Leal/g1 PI Dudu pede investigação O vereador Dudu (PT), da base do prefeito, afirmou que o afastamento de Robert Rios prejudica a cidade e que, apesar da denúncia ter sido feita pelo vice-prefeito da capital, ele não irá entrar em disputa ou grupo político. “Não vamos misturar uma coisa com a outra. Não foi qualquer pessoa que saiu aos quatro ventos com essas informações. Foi alguém da gestão. Precisamos da documentação. Não podemos ouvir denúncias sem investigação”, ponderou Dudu.
Fonte: G1 |
Última atualização ( Qui, 26 de Janeiro de 2023 14:11 ) |