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Procurador da Câmara de Teresina é preso acusado de espancar a própria mulher |
O Procurador da Câmara Municipal de Teresina-PI, Robert de Sousa Figueiredo foi preso na noite desta quinta-feira (15 de novembro de 2012), acusado de agressão contra a sua mulher no Bairro Novo Uruguai, na Zona Leste de Teresina. Robert Figueiredo foi levado para a Central de Flagrantes, na Zona Sul de Teresina, onde prestou depoimento ao delegado de plantão, Francisco Rodrigues. Ele foi enquadrado na Lei Maria da Penha. O Ronda Cidadão Leste recebeu a denúncia e efetuou a prisão do procurador. Ele vive maritalmente há dois anos e cinco meses com Lia Raquel de Sousa Silva, 45 anos, que teria sido ameaçada de morte pelo companheiro. A advogada Ana Maria Castro, da Comissão de Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB/PI - acompanhou o trabalho da Polícia na Central de Flagrantes. Lia Raquel prestou depoimento e conversou com o Cidadeverde.com. Lia Raquel que foi espancada pelo Procurador da Câmara de Teresina, Robert Figueiredo Abalada, chegou a chorar enquanto falava com a equipe e não quis que seu rosto fosse fotografado. Mas mostrou o braço roxo com marcas de agressões. Ela fará exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal. Segundo Lia, que também trabalha na Câmara Municipal de Teresina, o problema começou por volta das 15 horas desta quinta-feira (15). Ela conta que chegou a esconder uma garrafa de uísque, pois Robert estaria bebendo desde cedo. Veja como ficou o braço de Lia Raquel em decorrência da violência que ela sofreu em sua própria casa No entanto, teve de devolver a garrafa após gritos e ameaças do companheiro. Mesmo entregando a bebida, Lia relata que o acusado começou a gritar palavras de baixo calão. "Arrebentou a porta de casa com chutes, quebrou computador", denuncia. "Ele gritava: - eu sou advogado. Ele estava totalmente descontrolado". A Lia Raquel afirma que o episódio se repete pela segunda vez, mas é a primeira que ela registra queixa. "Eu espero que acabe finalmente. Eu quero paz. Não dá mais certo", afirmou a funcionária, acrescentando que Robert já teria quebrado três telefones celulares em momentos de descontrole. Lia Raquel quando se encontrava na Central de Flagrantes para ser ouvida sobre a violência que sofreu Delegacia da Mulher Por telefone, a delegada Vilma Alves, titular da Delegacia da Mulher Centro, falou com Lia Raquel e disse que irá atendê-la e acompanhar o caso pessoalmente. Para ela, é um exemplo claro de que a violência contra a mulher não tem classe social, faixa etária ou estrutura econômica intelectual. "É um absurdo esse tipo de atitude. É uma prova visível, palpável, materializada, de que a mulher é vista como coisa e que deve submissão ao homem".
Fonte: Cidadeverde.com |
Última atualização ( Sex, 16 de Novembro de 2012 01:56 ) |