A família do bebê Francisco Cauã da Silva, de 11 dias de vida, passou por momento de desespero, por volta das 6 horas da manhã da última segunda-feira (18 de fevereiro de 2013), quando chegou com o pequeno Cauã ao Hospital Nossa Senhora do Livramento, na cidade de José de Freitas-PI, a 48 km de Teresina, e não tinha médico de plantão.

A avó de Cauã, Patrícia da Silva Sousa conta que chegou ao hospital com o neto, nos braços, e não tinha nenhum médico no momento, para examiná-lo, para constatar se Cauã ainda estava com vida ou se já havia vindo a óbito. “Eu desesperada, pedia por “socorro” e apareceu apenas uma auxiliar de enfermagem ou enfermeira dizendo que naquele momento não tinha nenhum médico no hospital e mandou que eu levasse meu neto para o necrotério do referido hospital e assim eu fiz colocando Cauã em uma pedra, onde ele ficou até por volta do meio-dia de segunda-feira (18) e lá não apareceu nenhum médico para examiná-lo”, denuncia Patrícia Sousa.

    Imagem:Saraivareporter.com 

 Francisco Cauã, 11 dias de vida, passou mal em casa, foi levado para o Hospital Nossa Senhora do Livramento, não tinha médico de plantão e ele veio a óbito

“A minha filha, mãe de Cauã, Nayara Natiele da Silva, 19 anos, que foi submetido a um parto cesário para dar luz a Cauã, chorava desesperada e chegou a passar mal, pedindo que aparecesse algum médico para pelo menos liberar o corpo de seu filho se é que ele já havia vindo a óbito”, conta a avó Patrícia.

 Hospital Nossa Senhora do Livramento, de onde o corpo do bebê Cauã foi liberado sem ser submetido a exames por um médico para constatar a causa da morte

De acordo ainda com denúncia de Patrícia Sousa, o corpo do seu neto Cauã, de apenas 11 dias de vida, foi liberado do necrotério do Hospital Nossa Senhora do Livramento, por volta do meio-dia da última segunda-feira (18 de fevereiro de 2013), sem ser submetido a exames médicos, para constatar a causa de sua morte.

    Imagem:Saraivareporter.com 

 Bebê Francisco Cauã foi levado para o Hospital Nossa Senhora do Livramento e não tinha médico de plantão

“Apenas um homem dizendo ser advogado apareceu no necrotério quando todos nós da família já estávamos indignados com o descaso e mandou que nós levássemos o corpo do meu neto para casa e que na terça-feira (19 de fevereiro de 2013) a família procurasse o Posto de Saúde do Bairro Suco de Uva, levando apenas duas testemunhas para que recebêssemos o atestado de óbito de Cauã, sem ao menos um médico ter o examinado”, desabafou a avó Patrícia Sousa.

    Imagem:Saraivareporter.com 

 Avó de Cauã, Patrícia Sousa afirma que foi muito triste chegar ao hospital com o neto e não encontrar médico para examiná-lo

“Foi muito triste o que passamos, chegamos ao hospital não tinha médico e até hoje (20 de fevereiro de 2013) nós não sabemos qual foi a causa da morte do Cauã e se ele morreu ao passar mal aqui em casa ou se ainda estava com vida ao dar entrada no Hospital Nossa Senhora do Livramento, pois só o médico poderia atestar isso e lá não tinha médico quando chegamos com o Cauã”, disparou a avó do bebê.

    Imagem:Saraivareporter.com 

   O bebê Cauã passou mal nesta casa, no Conjunto Matadouro que fica a 500 metros do Hospital

“Após a gente colocar o corpo do Cauã dentro de um simples caixão ainda ficamos mais de 30 minutos em frente ao hospital, sem saber como iriamos levar o seu corpo para ser velado na Capela do Bairro Matadouro, que fica próximo ao hospital, até que o funcionário do referido hospital, identificado por Alexandre viu a nossa situação e no porta-malas do seu carro foi deixar o corpo na capela”, desabafou dona Patrícia.

    Imagem:Saraivareporter.com 

 Bebê Cauã teve o corpo liberado pelo Hospital Nossa Senhora do Livramento sem ser submetido a exames médicos

Francisco Cauã da Silva estava em sua residência no Conjunto Matadouro, na Casa 37, quando começou a passar mal, saindo secreção pelo nariz e foi percebido pelo pai Wilson, que imediatamente com a avó Patrícia, levou o filho para o Hospital Nossa Senhora do Livramento, que fica a 500 metros de sua casa.

A tristeza é que quando Wilson e Patrícia chegaram com Cauã, no hospital, não tinha médicos de plantão e logo apareceu a enfermeira determinando que Cauã fosse logo levado para o necrotério, mesmo sem antes ser constatado o óbito por um médico. O corpo do pequeno Cauã foi velado na Capela do Bairro Matadouro e sepultado por volta das 16 horas da última segunda-feira (18), no Cemitério Santo Estevam, conhecido como Cemitério dos Pobres na cidade de José de Freitas-PI.

 Veja a família com o corpo do bebê Cauã, no caixão, em frente o hospital sem saber como levá-lo para casa para velar

O prefeito Josiel Batista da Costa (PSDC), na manhã do dia 1º de janeiro de 2013, antes de ser empossado pela Câmara de Vereadores, esteve no Hospital Nossa Senhora do Livramento, onde disse que iria acabar com a falta de médicos e melhorar o atendimento, mas parece que até agora não surtiu muito efeito, pois outras vezes, pacientes esperaram desde o início da manhã até depois do meio-dia para chegar um médico no hospital e eles serem medicados.

 Caixão com o corpo do pequeno Cauã dentro do porta-malas do carro do funcionário do hospital identificado por Alexandre que socorreu a família que estava na porta do hospital

Um desses casos já foi denunciado ao Promotor de Justiça, Flávio Teixeira de Abreu Júnior, da 2ª Vara da Promotoria de Justiça da Comarca de José de Freitas. O caso do pequeno Cauã já foi denunciado também, através do Facebook, no Grupo de José de Freitas, pelo internauta Wesley Oliveira.

            O bebê Cauã morava nesta casa no Bairro Matadouro, na cidade de José de Freitas-PI