O segurança Francisco de Assis Oliveira Filho, mais conhecido por Pezão, que, na madrugada do dia 17 de novembro de 2012, invadiu o Hospital Nossa Senhora do Livramento, na cidade de José de Freitas-PI e matou a facadas o ex-presidiário José Luiz Teixeira Filho, mais conhecido por Zé da Tunica, foi interrogado na tarde de ontem (26 de fevereiro de 2013), na Comarca de José de Freitas-PI, pelo juiz Lirton Nogueira Santos, que negou pedido de sua liberdade que foi feito pelo advogado Ezequiel Miranda Dias.

Pezão prestou depoimento à Justiça, acompanhado do seu advogado Ezequiel Miranda Dias. O Promotor Écio Oto Duarte acompanhou a audiência em que também foram ouvidas quatro testemunhas do crime. Um das testemunhas ouvidas no caso foi o sargento-PM Alberto Reduzino, que participou da prisão do segurança Pezão logo após ele invadir o Hospital Nossa Senhora do Livramento e matar o ex-presidiário.

    Imagem:Chagas Silva 

 Acusados Pezão e Dirrinha no momento em que estão deixando o Fórum escoltados de volta para a Penitenciária Irmão Guido, em Teresina-PI

Pezão chegou ao Fórum de José de Freitas para ser interrogado sobre o crime, escoltado por Agentes Penitenciários que pertencem ao Grupo Especial de Operações da Secretaria de Justiça do Piauí. Após o interrogatório, Pezão foi levado de volta para a Penitenciária Irmão Guido, na Zona Sul de Teresina, onde ele se encontra recolhido à disposição da Justiça.

   Imagem: Chagas Silva 

 Momento em que o juiz Lirton ouve o sargento Alberto e o acusado Pezão acompanha o depoimento da testemunha ao lado do seu advogado Ezequiel Miranda

Como foi o crime

O médico Francisco Carvalho Santos, enfermeiras e outros funcionários do Hospital Nossa Senhora do Livramento, na cidade de José de Freitas-PI, a 48 km de Teresina, passaram por momentos de terror na madrugada do dia 17 de novembro de 2012, quando atendiam o ex-presidiário José Luís Teixeira Filho, mais conhecido por Zé da Tunica, 25 anos, que havia sido esfaqueado em uma seresta, no Bairro Nossa Senhora do Carmo, naquela cidade, e que terminou sendo executado dentro do Hospital Nossa Senhora do Livramento, pelo segurança Francisco de Assis Oliveira Filho, vulgo Pezão, 33 anos, quando recebia atendimento médico.

    Imagem:Jorge Luís 

 Veja ai o segurança Pezão quando foi preso logo após praticar o crime dentro do Hospital de José de Freitas

Minutos antes, numa seresta, no Bairro Nossa Senhora do Carmo, o ex-presidiário Zé da Tunica, que havia ganhado liberdade da cadeia a poucos dias, teria desferido uma violenta paulada na cabeça do operário Manoel Francisco de Sousa, mais conhecido por Manoel do Louro, que desmaiou e teria perdido massa cefálica, e que também deu entrada no Hospital Nossa Senhora do Livramento. Manoel do Louro é o pai de Pezão que acabou de matar Zé da Tunica, dentro do hospital.

    Imagem:Jorge Luís 

     Ex-presidiário Zé da Tunica após ser morto dentro do Hospital Nossa Senhora do Livramento

Antes na seresta, após um simples desentendimento por causa de uma cadeira, Zé da Tunica já havia sido esfaqueado pelo pai de Pezão, Manoel do Louro, que também recebeu pauladas na cabeça, mas conseguiu sobreviver e já se encontra em casa, mas ainda passa por problemas de saúde. O segurança Pezão ao ver o pai Manoel do Louro desacordado com as pauladas que recebeu na cabeça não suportou foi até à sala onde a equipe médica atendia ao agressor de seu pai, o Zé da Tunica e teve início a uma rápida discussão, sendo que Zé da Tunica saiu correndo por dentro do hospital e ele Pezão saiu correndo atrás até que conseguiu terminar de matá-lo. Depois, Pezão foi preso próximo a sua casa no Bairro Nossa Senhora do Carmo, por uma equipe de policiais militares, sob o comando do sargento Alberto Reduzino.  

    Imagem:Saraivareporter.com 

                   Ex-presidiário José Luiz Teixeira Filho, mais conhecido por Zé da Tunica

Outros interrogatórios

O juiz Lirton Nogueira Santos também interrogou ontem (26 de fevereiro de 2013), o jovem Carlos André, que, na madrugada do dia 5 de dezembro de 2011, matou a tiros, próximo ao Mercado Público de José de Freitas-PI, o desempregado Edivaldo Júnior Muniz, mais conhecido por Panzilão. Carlos André depois de interrogado foi para casa, já que ele está aguardando em liberdade o julgamento do processo. Também foi interrogado pelo juiz Lirton Nogueira, o acusado Fabrício Alves da Silva, vulgo Dirrinha, que matou o eletricista Carlos Augusto Nonato dos Santos, no dia 4 de setembro de 2011.

   Imagem: Chagas Silva 

 Acusados Pezão e Dirrinha já dentro da viatura para serem levados de volta à Penitenciária irmão Guido

Dirrinha após ser interrogado foi levado de volta para a Penitenciária Irmão Guido, na Zona Sul de Teresina, onde ele aguardará decisão da Justiça. Familiares dos acusados interrogados pelo juiz Lirton Nogueira lotaram as dependências do Fórum Alberto Veras, na cidade de José de Freitas. A segurança no Fórum durante as três audiências foi feita por policiais militares da 3ª Companhia da PM em José de Freitas.  

   Imagem:Portal Em Dia 

           Maria Lidiane Marques, uma das testemunhas do crime praticado por Pezão

   Imagem: Chagas Silva 

   Populares acompanhando os acusados deixando o Fórum de José de Freitas de volta para a cadeia

   Imagem: Chagas Silva 

 Veja como ficou a frente do Fórum de José de Freitas, quando o juiz Lirton interrogava três acusados de assassinatos

    Imagem: Chagas Silva 

 Agentes Penitenciários quando estavam levando de volta os acusados Pezão e Dirrinha para a cadeia

    Imagem: Chagas Silva 

 Advogado Ezequiel Miranda quando fazia pergunta a testemunha ouvida no processo do seu cliente Pezão

    Imagem: Chagas Silva 

            Familiares de Zé da Tunica acompanhando a audiência no Fórum de José de Freitas-PI 

    Imagem: Chagas Silva 

 Sargento-PM Alberto Reduzino sendo ouvido como testemunha no processo contra o segurança Pezão

    Imagem:Saraivareporter.com 

 Hospital Nossa Senhora do Livramento onde ocorreu o crime, na madrugada do dia 17 de novembro de 2012

    Imagem:Jorge Luís 

 Zé da Tunica estava sendo atendido pela equipe médica nesta sala do hospital, quando foi assassinado