Francisco Aparecido, que estava preso pelas acusações de homicídio e tráfico de drogas, tentou matá-la enforcada com as algemas e cortá-la com um pedaço de vidro. Segundo conta Georgiane, ela havia acabado de ouvir o depoimento do detento e dois agentes que estavam na sala, saíram para pegar o documento na impressora. “Não deu tempo nem mesmo de eu me levantar da cadeira. Assim que os agentes saíram, ele olhou nos meus olhos e disse: ‘Agora eu vou te matar’ e veio atrás de mim já colocando a algema no meu pescoço”. A delegada caiu da cadeira, ficando em baixo do agressor, que chegou a cortá-la na mão com o pedaço de vidro que conseguiu ao quebrar uma garrafa térmica que estava na cela. Ela foi salva pelo advogado do próprio detento, que ainda estava na sala. “Foi um crime premeditado. Ele ficou durante todo o depoimento com o vidro na mão e ninguém viu. Quando consegui sair debaixo dele, sai da sala correndo, gritando por socorro enquanto o preso ficou lutando com o advogado”, relatou Georgiane. Os agentes presentes na delegacia voltaram à sala e conseguiram imobilizar Francisco Aparecido, que foi novamente conduzido para cela. O advogado também saiu ferido da situação. Na tarde de hoje, a delegada regional será ouvida pelo delegado de Batalha,  Lucas Craveiro, que efetuará o flagrante de Francisco por tentativa de homicídio. "Estou muito abalada", completou a delegada Georgiane Karine. 

Passagens pela polícia

Francisco Aparecido, vulgo “Jacaré”, tem aproximadamente 35 anos, e, segundo a delegada, faz parte do grupo de ciganos de Esperantina. Ele estava preso, desde o dia 7 de junho, acusado de matar um “aviãozinho” do tráfico de drogas (jovem usado para enviar mensagens entre traficantes). A prisão foi efetuada por agentes da Polícia Rodoviária Federal em Piripiri (157 km de Teresina). Francisco Aparecido, que havia tomado um táxi em Teresina, pediu que o motorista mudasse o itinerário repentinamente de Piripiri para Esperantina. O taxista estranhou o comportamento do passageiro, parou o carro no posto da PRF e correu em direção aos inspetores, que apreenderam com o acusado um revólver calibre 38 e 17 cartuchos. Antes disso, Francisco já havia sido preso por tráfico de drogas na operação Taboca, de Esperantina. Ao cumprir pena na penitenciária, foi autuado mais uma vez, por traficar dentro da prisão.

  Imagem: Jornalesp.com

 Delegada Georgiane Karine

 Cigano Jacaré

Fonte: Cidadeverde.com