Escrito por Saraiva    Dom, 25 de Dezembro de 2011 16:01    | Imprimir |
Pesquisador diz que o número de piranhas vai aumentar na Lagoa do Portinho na cidade de Parnaíba

Pesquisador afirma que número de piranhas no Portinho irá aumentar com a colocação de alevinos que servirão aumentar a sua cadeia de alimento.

Nesta semana, foi divulgada nota afirmando que na quinta-feira (22) seriam introduzidos 210 mil alevinos na Lagoa do Portinho visando o controle biológico da proliferação de piranhas naquele importante balneário. Os alevinos a serem introduzidos serão: tilápia, tambaqui, curimatã, carpa, caramujo e camarão de água doce.

A idéia é fornecer alimento às piranhas, mantendo a cadeia e predadores naturais para o controle da espécie. A ação foi reivindicada pelo vereador Fernando Gomes (PCdoB).

Segundo Fernando Gomes, a placa fixada às margens da lagoa onde informa o risco do ataque de piranhas cumpriu seu papel ao orientar as pessoas. “É chegada a hora de rever a permanência dela (placa), com o controle biológico, acreditamos que cessarão os ataques, a exemplo do que aconteceu no açude do Bezerro”.

O professor Dr. José Milton Barbosa (foto acima), engenheiro de pesca, que tem experiência na área de Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca, com ênfase em ictiologia aplicada e aquicultura: alimentação, crescimento e comportamento social de peixes, atualmente pesquisador da Universidade Estadual do Maranhão e um dos mais conceituados do Nordeste, disse que, povoar forrageiras da piranha é uma tentativa lotérica.

“Na década de 1980, ocorreu fato semelhante e na oportunidade foi sugerido a introdução do Tucunaré (Cichla sp.), para controle da piranha - não para sua alimentação. Possivelmente a "piranha" do Portinho é do gênero Serrasalmus, ou seja "pirambeba" e não a piranha verdadeira: Pygocentrus sp. Apesar do tucunaré ser uma espécie não nativa - desaconselhável para povoamento, no caso de Portinho se justifica, pois a lagoa já tem sua fauna nativa depauperada”, afirma José Milton. 

“Creio que o mais correto seria estimar a fauna de "piranhas" ou "pirambebas" e povoar com um predador. Pois, se alimentamos as "piranhas" teremos, teoricamente, mais piranhas e certamente mais problemas”, finaliza o estudioso em espécies de peixes. Com informações do Proparnaíba.

 

 

 

Fonte: GP1.com