Está marcada para o dia 10 de novembro deste ano de 2022, a partir das 12h45min, a audiência preliminar do Processo n° 0816122-16.2021.8.18.0140, movido pelo atual secretário de Fazenda do Estado do Piauí, Rafael Tajra Fonteles, e Ministério Público Estadual, contra o médico Ricardo José Lustosa de Queiroz.

Conforme noticiamos, o médico acusa Rafael Fonteles de ter mantido um relacionamento amoroso com sua ex-esposa, Leydiane de Meneses Morais, bem como de se utilizar do cargo de secretário de Fazenda para enriquecer ilicitamente. O médico da Fundação Municipal de Saúde de Teresina-PI está sendo acusado de crimes contra a honra, quais sejam, calúnia, injúria e difamação.

O despacho foi expedido pelo juiz Antônio Lopes de Oliveira em data de 19 de janeiro e determina, ainda, intimações ao querelante (Rafael) e querelado (José Ricardo), bem como ciência ao MP. Diz o documento: “Designo audiência nos termos do art. 520, do Código de Processo Penal, para o dia 10/11/2022, às 12:45 horas.”

O médico Ricardo José, que está sendo processado por Rafael Fonteles

Em suas redes sociais, o médico assinalou: “Defenda-se na frente dos seus filhos, diga que é honesto e correto, ou diga a verdade, que é um bandido safado e mau caráter, que só é homem mesmo para (...) (manter relações sexuais) com a mulher dos outros, como fez com a Leydiane de Meneses Morais, e não passa de um dissimulado e safado.”

O CASO CEV

Ricardo José Lustosa de Queiroz disse ainda que o novo hospital maternidade de Teresina está sendo construído ao lado do empreendimento CEV, pertencente a Fonteles. E que seria implantada uma faculdade, usando o hospital maternidade como hospital escola.

“É ou não o melhor lugar para construir um hospital público? Do lado de um colégio/faculdade particular, do grupo CEV, próximo a residências de alto padrão, lanchonetes, academias, hipermercados?”, escreveu ele, criticando também a postura do Ministério Público: “E o Ministério Público não parece querer investigar os fortíssimos indícios de 'lavagem de dinheiro público' envolvendo o grupo educacional CEV e o Governo do Estado atual, de Wellington Dias, do PT.”

Questionou a Polícia Federal. “Por que a PF nunca investiga a relação promíscua do Colégio CEV (inaugurado em dezembro de 2002, pouco antes do então governador em primeiro mandato, Wellington Dias, assumir o Governo do Estado do Piauí)?”

Ricardo José disse que está sendo processado por Rafael Fonteles. E que o secretário (e candidato a governador) está processando também o Facebook, rede social usada pelo médico para postar suas críticas e acusações. A Justiça, num primeiro momento, havia determinado ao médico apagar as postagens e evitar de fazer novos comentários sobre o caso.

Ao invés disso, ele voltou à carga. “A Defensoria Pública não poderá me defender por causa da renda do meu contracheque. Então o processo vai correr à revelia. Talvez o verme Rafael Tajra Fonteles até ganhe uma grana a mais por isso. Estamos no Brasil, país onde ladrão safado tem honra e processa judicialmente cidadão do bem, aliás, este vagabundo é amigo de outro vagabundo, o Lula”, enfatizou.

O médico entende que acabará sendo preso porque Rafael Fonteles pertence a um partido “que controla a alta cúpula do judiciário brasileiro.” E cita como exemplo a soltura de Lula.

Em sua defesa, Rafael Fonteles afirma que não procedem as acusações do denunciante. “Cabe ressaltar que não estamos falando de uma pessoa sem  instrução, mas de um médico, formado pela Universidade  Federal do Piauí”, sustentou Rafael Fonteles. Ele é representado judicialmente pelo advogado Mário Basílio de Melo. O secretário requer que seja determinado ao Facebook Serviços Online do Brasil que proceda a imediata exclusão das postagens e da própria conta do réu.

Veja despacho aqui

Fonte: TR Notícia/Toni Rodrigues