O médico Marcelo Martins de Moura, 26 anos, acusado de causar o acidente que matou cinco pessoas da família Pereira Lima, na madrugada do dia 9 deste mês (junho), na BR-343, no Piauí, foi levado à Delegacia de Altos-PI, nesta sexta-feira (15 de junho de 2012) para prestar depoimento à polícia. Ao ser inquirido pelo delegado Beni Cavalcante, o médico disse que só iria falaria sobre a tragédia em juízo.

Segundo o delegado Beni Cavalcante, o médico Marcelo Martins de Moura ficou apenas 20 minutos na Delegacia de Altos. “Ele estava com o advogado e disse que ia falar apenas em juízo”, informou o delegado.  O titular da delegacia de Altos disse que ainda deve ouvir mais três testemunhas sobre o caso, entre elas, o homem que deu carona ao médico e a seu irmão, após o acidente, que ocorreu entre as cidades de Altos e Campo Maior, no Piauí. Beni Cavalcante informou ainda que aguarda o resultado da perícia e deverá concluir o inquérito até a próxima segunda-feira (18) e indiciar o médico por homicídio doloso (com dolo eventual), porque “ele assumiu o risco e dano ao dirigir embriagado, na contramão e com excesso de velocidade”, o que pode ser comprovado pela destruição do asfalto e dos automóveis. Após o depoimento, Marcelo Moura foi levado de volta à Penitenciária Irmão Guido, na Zona Sul de Teresina, onde está preso preventivamente.
O Delegado Geral de Polícia Civil do Piauí, James Guerra, afirmou durante entrevista ao Jornal do Piauí, que nenhuma interferência acontecerá no inquérito que está sendo finalizado pelo delegado Beni. Ele confirmou que o inquérito seguirá no início da próxima semana para a Justiça.
"Ele não precisa passar por exame para ser preso pelo crime. É dolo eventual e é independente da questão da embriaguez. A fase de inquérito é própria do delegado e depois o promotor vai decidir se quer mais diligências e depois vai para o juiz e ele dá o veredito. Nenhum profissional do direito trabalha com a tipificação em si. O que a gente apura é o fato. A decisão final é dos tribunais. A promotoria pode concordar ou discordar do delegado, mas nenhum pode mudar o relatório do delegado", disse James, referindo-se às declarações da promotora Clotildes Carvalho, que acompanha o caso.

 Médico Marcelo Martins de Moura disse que só fala sobre a tragédia em juízo

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