Não há uma única pessoa presa no Piauí por corrupção. A confirmação é do Diretor de Presídios da Secretaria Estadual de Justiça, Capitão-PM Anselmo Portela. Atualmente a população carcerária é de aproximadamente três mil detentos. Para o promotor Francisco Lima há duas dificuldades para colocar corruptos atrás das grades, sendo uma delas a ingerência política no Judiciário. 

“Em primeiro lugar existe a ingerência política no Judiciário. Está na área política o grande número de denúncias. Quando há processo alguém pede a outro alguém que tem ligações com o Judiciário e a coisa não funciona”, explicou. O promotor destacou ainda que o segundo fator é que há condenação mínima para casos como desvios de recursos em prefeituras, por exemplo. Francisco Lima afirma que as penas geralmente são convertidas em prestação de serviço comunitário e pagamento de multa, entre outras situações. Ele pede urgência na reforma do Código Penal. “A corrupção não é um crime menor e, por isso, não deveria ter penas tão brandas. Desvio de recursos da Saúde ou Educação é pior que assalto a banco. É preciso envolvimento dos congressistas e da população para reformulação do Código Penal, que é de 1940, para endurecer contra quem pratica a corrupção em nosso país”, citando como exemplo países da Ásia, onde até a pena de morte é prevista nestes casos.

   Imagem: Google.com 

           Diretor da Divisão de Presídios do Piauí, Capitão-PM Anselmo Portela

No último levantamento nacional disponibilizado pelo site do Ministério da Justiça, referente a dezembro de 2011, havia mais sete outros estados sem nenhum preso por corrupção ativa ou passiva. Eram eles: Acre, Ceará, Paraíba, Maranhão, Rio Grande do Norte, Roraima e Sergipe. 

Ainda segundo a estatística, os estados que mais mandam corruptos para a cadeia são: São Paulo (171), Rio de Janeiro (123), Minas Gerais (89) e Pernambuco (57). No Brasil inteiro, são 632 atrás das grades, o que corresponde a apenas 0,12% da população carcerária de 514 mil presos do país. Com informações do Globo.com.

Fonte: GP1