O promotor Eliardo Cabral, do Ministério Público do Piauí, afirmou nesta sexta-feira (30 de novembro de 2012) que há indícios suficientes para oferecer denúncia contra três pessoas que teriam participado da morte da estudante do Curso de Direito, Fernanda Lages Veras, encontrada morta na manhã do dia 25 de agosto de 2011, no prédio do Ministério Público Federal, na Avenida João XXIII, na Zona Leste da Capital do Piauí (Teresina).

Apesar do inquérito da Polícia Federal concluir que Fernanda Lages cometeu suicídio ou caiu acidentalmente do 6° andar do prédio do Ministério Público Federal, os promotores que acompanham o caso ainda sustentam a tese de homicídio e acreditam que o crime foi uma "queima de arquivo". Eliardo Cabral acrescentou que após receber o relatório da PF, o caso está passando por nova análise do perito Antônio Lunardi, em Brasília-DF.

           Promotor de Justiça do Ministério Público do Piauí, Eliardo Cabral

"Quando terminarmos a análise completa, surgirá um novo questionado que terá que ser respondido", disse Eliardo. O Ministério Público decidiu manter os três nomes em sigilo, até que se descubra quem foi o homem que esteve na obra do MPF com a estudante e a amiga Nayra Veloso, horas antes de sua morte. "Vamos esperar mais um pouco e denunciar todo mundo junto, os pequenos e os grandes", completou Cabral. O promotor disse ainda que um dos executores do crime ficou vários dias em uma fazenda no interior do Maranhão e outro teria viajado para o estrangeiro, após a morte da universitária Fernanda Lages, que era filha do ex-vereador de Barras-PI, Paulo Lages.

Universitária Fernanda Lages curtiu durante toda à noite do dia 24 de agosto de 2011, e foi encontrada morta na manhã do dia 25