Seguindo a tendência nacional, a maioria dos municípios piauienses atrasarão os pagamentos dos salários e do 13º. Segundo o presidente da APPM, Francisco Macêdo, 82% das prefeituras brasileiras não conseguirão fechar as contas em 2012. Em entrevista ao Notícia da Manhã, Macêdo afirmou que os prefeitos esperavam um aumento nos repasses em torno de 24%. 

Porém, o acréscimo só será de 2,6%.  "Tivemos o aumento do salário mínimo e a desoneração do IPI, que tira dos municípios e não do governo federal. Tivemos o aumento do magistério e a redução na arrecadação do país. Há uma dificuldade dos municípios fecharem suas contabilidades", explica Macêdo.

 Francisco Macedo

A perspectiva da APPM é que haja atraso nos pagamentos dos salários no final do mês. "Haverá atrasos, mas a grande maioria vai conseguir pagar. Vai ficar uma lacuna no pagamento de fornecedores, mas acredito que os prefeitos vão conseguir pagar", estima. Por conta dessas dificuldades, Francisco Macêdo pediu a compreensão do Tribunal de Contas do Estado. "Esperamos que os tribunais de contas vejam isso de maneira diferente. O do Rio Grande do Sul já declarou que vai ter certa parcimônia na prestaçao de contas em relação a redução do IPI", comentou. 

Fim da gestão 

Francisco Macêdo está deixando a presidência da APPM. Ele revela que enfrentou dificuldades. Mas avalia que conseguiu uma unidade entre os prefeitos e espera que o processo de sucessão seja conduzido de forma a ter um consenso. "Tínhamos 12 candidatos no início e vemos isso de forma positiva porque mostra a preocupação dos prefeitos com a Casa. Mas, deveremos conduzir isso para o consenso e hoje temos três prefeitos candidatos. Esperamos ainda até 2 de janeiro fazer o consenso para que não haja prejuízo para a Casa", afirma. Já se colocaram na disputa o prefeito reeleito de Amarante, Luiz Neto; o prefeito de Vila Nova do Piauí, Arinaldo Leal, apoiado pelo governador Wilson Martins; e o prefeito eleito de Campo Maior, Paulo Martins.