Escrito por Saraiva    Seg, 24 de Junho de 2013 18:26    Imprimir
MP aciona presidente da Fundac por show do Parangolé na Potycabana

O show da banda Parangolé na reinauguração do parque Potycabana volta a ser motivo de polêmica. Nesta segunda-feira (24), o Ministério Público do Piauí anunciou uma ação para bloquear os bens da presidente da Fundação Cultural do Piauí (Fundac), Bid Lima, por considerar que a vinda do grupo baiano foi ilegal. 

Um dos argumentos do promotor Fernando Santos, que ingressou com a ação, é a Lei Cultura Limpa, que proíbe o gasto de recursos públicos com eventos que divulguem conteúdo depreciativo ou constrangedor, como apologia a drogas, homofobia ou violência contra a mulher.   O texto da ação acrescenta a letra da música "Secuzinho", que seria interpretada pelo Parangolé.

 Grupo Parangolé inaugurou reforma da Potycabana

A música fala em um casal cozinhando macarrão durante a madrugada, cenário onde são inseridos alguns trocadilhos. "Ah, molhadinho não, não quero molhadinho / Mas eu só quero secuzinho, secuzinho, secuzinho", diz um trecho.  Outro problema teria relação com a Lei das Licitações. Para o promotor, o contrato sem licitação, no valor de R$ 150 mil, poderia incluir artistas desde que cumprindo algumas exigências, mas passagens, hospedagem, camarotes e geradores deveriam ser licitados normalmente. 

 Bid Lima, presidente da Fundac

A ação requer ressarcimento do dinheiro aos cofres públicos, além de perda da função pública e suspensão dos direitos políticos. Para tentar reaver os recursos, o Ministério Público também pediu o bloqueio de bens da empresa contratada para trazer a banda ao Estado. Ao Cidadeverde.com, Bid Lima informou que prefere responder quando receber a notificação e sentar com o setor jurídico da Fundac.